quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Duplas e trios para seminário

Componentes: Antônio Carlos, Deise Ferreira, Smailly Cristian.
Tema: A denúncia em Clara dos Anjos.

Componentes: Leidiane Santos, Catiane, Juciara Teles, Raquel e Josédna.
Tema: A representação do negro(a) na literatura Brasileira.

Componentes: Maria Fabiane, Nara Benevides, Valmira Sodré.
Tema: Literatura infanto-juvenil. (a definir)

Componentes: Patrícia França.
Tema: O negro na mídia.

Componentes: Ana Maria, Andresa, Jeane.
Tema: O estereótipo da mulher negra em O Cortiço.

Temas para Seminário


1) Educação Multicultural étnico-racial:
- O negro na mídia;
- O currículo escolar;
- Material didático.
2) Letramento literário afrodescendente:
- Literatura infanto-juvenil;
- Literatura construção da identidade negra (gênero);
- A representação do negro(a) na Literatura Brasileira.
- A denúncia em Clara dos Anjos.
Enviar por e-mail até o dia 30/09/2011(TÍTULO E O NOME DO GRUPO)
Data do seminário: 07/10/2011.

domingo, 30 de janeiro de 2011

sábado, 15 de janeiro de 2011

O QUE É LETRAMENTO E AFABETIZAÇÃO?

Letramento não é necessariamente o resultado de ensinar a ler e a escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita (SOARES, 2003). Surge, então, um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato” (MICHAELIS), e que agora passa a caracterizar o indivíduo que, sabendo ler ou não, convive com as práticas de leitura e escrita. Por exemplo, quando um pai lê uma história para seu filho dormir, a criança está em um processo de letramento, está convivendo com as práticas de leitura e escrita. Não se deve, portanto, restringir a caracterização de um indivíduo letrado ao que domina apenas a técnica de escrever (ser alfabetizado), mas sim aquele que utiliza a escrita e sabe "responder às exigências de leitura e escrita que a sociedade faz continuamente"

Letramento é o resultado da ação de ensinar a ler e escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita .

Surge um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato”, e que agora passa a caracterizar o indivíduo que domina a leitura, ou seja, que não só sabe ler e escrever (atributo daquele que é alfabetizado), mas também faz uso competente e freqüente da leitura e da escrita. Fala-se no letramento como ampliação do sentido de alfabetização.

O nível de letramento é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos que a criança ou adulto reconhece. Segundo essa corrente, a criança que vive em um ambiente em que se lêem livros, jornais, revistas, bulas de remédios, receitas culinárias e outros tipos de literatura (ou em que se conversa sobre o que se leu, em que uns lêem para os outros em voz alta, lêem para a criança enriquecendo com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança cujos pais não são alfabetizados, nem outras pessoas de seu convívio cotidiano lhe favoreçam este contato com o mundo letrado.

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do acto de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento.Todas essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos.

O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.

Lindoelson Santana

REFERENCIAS

LETRADO. In: MICHAELIS Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em <http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: 13 janeiro. 2011.

SOARES, Magda. Letramento em Verbete: O que é Letramento? In Alfabetização e Letramento. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2008. p. 15-25.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Letramento versus alfabetização?


O vocábulo letramento talvez tenha surgido em virtude de não utilizarmos a palavra alfabetismo, enquanto seu contrário, analfabetismo, nos é familiar. Isto é, conhecemos bem e há muito tempo o estado ou condição de analfabeto, mas só recentemente o seu oposto tornou-se necessário, pois recentemente passamos a enfrentar uma nova realidade social, onde se faz necessário praticar o uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente. Um aspecto que, de certa forma, contribuiu para que se ressignificasse a palavra letramento foi a alteração do critério utilizado em levantamentos censitários. No Brasil, este processo vem sofrendo alterações, pois passou-se da simples verificação da habilidade de codificar e decodificar da palavra à investigação da capacidade de usar a leitura e a escrita para uma prática social. Em contrapartida, nos países desenvolvidos, o que interessa é a avaliação do nível de letramento da população e não o índice de alfabetização. Na verdade, nestes busca-se denunciar o índice de pessoas que não incorporaram os usos da escrita, não se apropriaram plenamente das práticas sociais de leitura e de escrita. Dessa forma, não estão se referindo a índices de alfabetização, mas a níveis de letramento. Afinal, um indivíduo pode não saber ler nem escrever, isto é, ser analfabeto, mas ser, de certa forma, letrado.

Segundo Magda Soares, o Letramento é resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e de escrita. Sendo assim, é o estado ou a condição que adquire um grupo social, ou um indivíduo, como consequência de ter se apropriado da escrita e de suas práticas sociais. Apropriar-se da escrita é torná-la própria, ou seja, assumi-la como propriedade. Um indivíduo alfabetizado, não é necessariamente um indivíduo letrado, pois ser letrado implica em usar socialmente a leitura e a escrita e responder às demandas sociais de leitura e de escrita.

Isto posto, faz-se necessário alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se torne, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.

REFERÊNCIA: SOARES, Magda. Letramento em Verbete: O que é Letramento? In Alfabetização e Letramento. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2008. p. 15-25.

Letramento em verbete: O que é Letramento?

A palavra letramento é nova em nossa língua e surgiu com a autora Mary Kato em 1986 em seu livro “No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística”, sendo em seguida usada em diversos livros, muitos de educação.

Uma estudante norte-americana, de origem asiática, Kate M. Chong, escreveu um poema chamado O que é Letramento em 1996. Nele, a autora afirma que letramento não é alfabetização, mas que é prazer, é lazer, é informar-se através da leitura, é usar a leitura para seguir instruções, é ler histórias que nos levam a lugares desconhecidos, é usar a escrita para se orientar no mundo, é descobrir-se a si mesmo pela leitura e pela escrita.

Letramento envolve leitura. Ler é um conjunto de habilidades, de comportamentos e conhecimentos. Escrever, também é um conjunto de habilidades e de comportamentos, de conhecimentos que compõem o processo de produção do conhecimento. Nessa perspectiva, há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades, das demandas, do indivíduo, do seu meio, do contexto social e cultural.

O letramento possui duas dimensões, que são no mínimo paradoxais, quais sejam a dimensão individual e a dimensão social. Na dimensão individual, o letramento é visto no âmbito pessoal, enquanto na dimensão social, o letramento é visto como um fenômeno cultural. Em diferentes definições de letramento encontramos as duas dimensões, o que facilita o problema de elaborar uma definição adequada de letramento. O letramento é, assim, considerado como responsável por produzir resultados importantes no desenvolvimento cognitivo e econômico, mobilidade social, progresso profissional e cidadania.

Alfabetização e Letramento:"O uso da lingua como discurso".

Ao lermos a obra Alfabetização e letramento da autora Magna Soares, ficamos a frente de um tema, complexo e questionador e atual no Brasil. Neste corpus encontramos alguns questionamentos, quais seriam as verdadeiras causas do fracasso do processo de alfabetização do Brasil, a distorcida função politicamente dos programas de acesso a leitura e á escrita, costata a “separação” entre o processo de alfabetização e o de conquista da cidadania, entre outros.
Na abordagem feita pela autora nas novas perspectivas do ensino da língua portuguesa, em um dos fragmentos ela destaca que se, no ensino da Língua Portuguesa no nível Fundamental, a perspectiva construtivista trazida pela Psicogênese e por uma Psicolinguística nela referenciada já vem exercendo nítida influencia na prática pedagógica da alfabetização, quando entendida com aprendizagem do aspecto convencional gráfico da escrita e do aspecto simbólico da notação gráfica. O mesmo não se pode dizer da prática pedagógica do desenvolvimento das habilidades de uso da língua escrita e de produção de textos pela criança. Além de construir seu conhecimento e domínio do sistema ortográfico, o aprendiz da língua escrita também deve construir o conhecimento e o uso da escrita como discurso, isto é, como atividade real da enunciação, necessária e adequada a certas situações de interação, e concretizada em uma unidade estruturada – o texto – que obedece a regras discursivas próprias (recursos de coesão, coerência, informatividade, entre outros). Ou seja, o “uso da língua como discurso”, segundo a autora é, uma síntese, o que se vem denominado letramento; e o que ela propõe é que, contemporaneamente á aprendizagem dos sistemas alfabético e ortográfico, a criança desenvolva também habilidades de uso desses sistemas em práticas sociais de escrita.

Referência:
SOARES, Magda. Concepções IN Alfabetização e Letramento. 5ª edição. São Paulo: Contexto, 2007.